quarta-feira, 16 de maio de 2012

Manchas

Para evitar que a gravidez deixe as temidas manchas na face, é importante entender o problema e tomar as providências necessárias. A irregularidade típica dessa fase é conhecida como melasma ou cloasma gravídico, e se caracteriza por manchas provocadas pela distribuição excessiva de melanina nas duas primeiras camadas da pele, a epiderme e a derme. “Após exposição solar, o escurecimento pode surgir nas bochechas, na testa, no dorso do nariz, no queixo e acima do lábio superior”, diz a dermatologista Ana Lúcia Recio, membro das Academias Americana e Brasileira de Dermatologia. As incômodas manchas são, na verdade, uma defesa da pele contra agressões como alterações hormonais, uso de medicamentos e, principalmente, exposição ao sol. “É bom ter em mente que, se a mancha apareceu, é possível clareá-la, mas ela pode voltar se a pessoa continuar se expondo ao sol. É preciso ter cuidados a vida toda”, diz Ana Lúcia. OS TRÊS TIPOS DE MANCHAS Além dos melasmas, há também as sardas e as melanoses solares, ou manchas senis, que surgem na idade avançada em decorrência dos danos causados pelo sol ao longo dos anos. As manchas senis costumam surgir em áreas do corpo como mãos, braços, colo e ombros, e apresentam coloração que varia do castanho ao marrom.   O sol é o principal responsável por todos os problemas. “A radiação ultravioleta leva ao acúmulo do pigmento, pois gera a hiperatividade do melanócito”, diz a dermatologista Ana Lúcia Recio. Os tratamentos são semelhantes àqueles indicados para o melasma: cremes clareadores, peelings e alguns tipos de lasers. Genética e hormônios “O aumento dos hormônios femininos, estrógeno e progesterona, estimula o funcionamento do melanócito, célula da pele produtora de melanina”, diz o dermatologista Cristiano Tárzia Kakihara, membro das Sociedades Brasileiras de Dermatologia e de Cirurgia Dermatológica. Além da exposição ao sol, a lâmpadas e à radiação da tela do computador, as manchas também são desencadeadas por permanência em ambientes com temperatura elevada, distúrbios da tireóide e dos ovários e uso de medicamentos como antibióticos e anticonvulsivantes. Os melasmas são mais comuns em quem tem pele morena, e a herança genética determina se uma pessoa terá ou não tendência ao problema. A profundidade em que se localiza o pigmento determina o tipo de melasma: epidérmico, mais superficial e que, portanto, responde melhor a tratamentos; dérmico, profundo e de resolução mais difícil; ou misto. 

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