segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Seriedade da Cirurgia Plástica

Não podemos banalizar os procedimentos cirúrgicos de forma alguma. Quando um paciente procura um cirurgião de qualquer especialidade para se submeter a uma cirurgia, ele recebe as informações dos riscos que corre ao ser submetido ao procedimento.
Se um paciente tem cálculos na vesícula e precisa fazer uma colecistectomia, será necessário fazer exames e ter cuidados no pós-operatório a fim de evitar complicações.
Na cirurgia plástica, o caminho é o mesmo.
O paciente se engana ao pensar que uma cirurgia plástica estética não apresenta riscos. Os riscos são os mesmos, por isso torna-se necessários os exame pré-operatórios e os cuidados pós-operatórios.

Progressiva e Formol Cuidado!

As autoridades de saúde já alertaram: o conteúdo do frasco é extremamente perigoso.

Estamos falando do formol, substância química, de cheiro forte, e cuja venda é controlada.

Então por que as mulheres continuam usando o formol? E por que salões de beleza insistem em aplicar o produto, em doses excessivas, para alisar o cabelo?

As fotos tiradas ainda no hospital não deixam dúvida: o corpo da comerciante Mariluz de Souza reagiu com muita força a uma intoxicação. “Ela deu entrada na emergência do hospital. Ela estava com a face inchada e com feridas no couro cabeludo, perdendo parte do cabelo”, contou o alergista Juliano Coelho Philippi.

Ainda internada, Mariluz fez vários testes, como o de alergia. “Foram aplicadas 40 substâncias. Para Mariluz, uma substância deu resultado alérgico: formaldeído, o formol. Dá para se afirmar, com certeza, que a reação foi por conta do formol. Qual é a consequência mais grave que poderia ter acontecido com ela? Desde perda do couro cabeludo até eventualmente óbito poderia acontecer”, alerta o alergista Juliano Coelho Philippi.

“Eu lembro os flashes do momento que eu entrei no hospital, que caiu minha ficha que eu pensei: ‘Meu Deus, mais um que vai passar na televisão: Mulher morre ao fazer escova com o formol’”, comentou a comerciante Mariluz de Souza.

O formol começou a ser usado para alisar os cabelos há dez anos, nos salões de beleza do subúrbio do Rio de Janeiro. “Fui eu que inventei. De uns seis meses, um ano para cá, está todo mundo em cima tentando fazer e fazendo”, comentou um cabeleireiro à época da reportagem.

Esse tipo de alisamento, que ficou conhecido como escova progressiva, virou febre também entre as paulistanas e depois chegou ao país inteiro. Até que, em 2004, veio o alerta do Instituto Nacional de Câncer (Inca). “O formol foi classificado, desde 2004, como um agente reconhecidamente cancerígeno”, afirma Ubirani Barros Otero, epidemiologista do Inca.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o formol está relacionado ao aparecimento de tumores no nariz, na boca, na faringe, na laringe e na traqueia. Também pode atacar o fígado. O câncer pode levar anos para aparecer.

“Se as pessoas começaram a usar e a fazer esse procedimento nas mulheres a partir de 2000, lá para 2020 ou 2030 a gente pode ter uma mudança no perfil dessa doença no Brasil”, prevê Ubirani Barros Otero, epidemiologista do Inca.

Por conta do uso em alisamentos, em 2009 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de formol puro no país todo. Mesmo assim, ele continuou sendo usado agora com outros nomes: escova inteligente, marroquina, egípcia, de chocolate etc.

Uma cabeleireira admite: “Quando o cliente pergunta se tem formol, a gente responde: ‘Não tem, é proibido, a gente não usa formol’. Mas na verdade tem formol, sim”.

Quando a comerciante Mariluz de Souza procurou um salão de beleza em Cuiabá para fazer um alisamento nos cabelos, ela deixou bem claro para cabeleireira. “Disse que eu não queria que fizesse escova com formol. Ela respondeu que a dela não continha formol”, afirma Mariluz.

Nós procuramos a profissional que atendeu a Mariluz. Ela disse ter aplicado um produto com pouquíssimo formol: 0,2%. Nessa quantidade, autorizada pela Anvisa, o formol atua apenas como conservante e não provoca riscos à saúde.

“Creme não alisa cabelo. Então, ele tem uma porcentagem pequena, de 0,2%, mas ele tem”, afirma a cabeleireira Cristiane Maldonado.

Atenção, mulheres: 0,2% de formol não alisa cabelo. Se a mistura alisar, é porque tem mais formol do que devia. As equipes do Fantástico foram às ruas comprar alguns dos produtos mais usados nesse tipo de alisamento.

Começamos em uma feira internacional de estética, em outubro passado, no Rio de Janeiro. “É a mais conhecida de todo o Rio de Janeiro”, comenta o vendedor. Ele diz que o produto tem só o formol liberado: “0,2%”.

Já em outro estande, a resposta é outra. “A empresa fala que é 2%. Então, eu passo que é 2%, mas eu acredito que seja mais”, conta a vendedora.

Os produtores do Fantástico foram também aos salões e compraram os alisantes direto dos cabeleireiros. Em Madureira, no subúrbio carioca, a cabeleireira separa o produto na hora. “Esse tem formol bem pouquinho. Não é aquilo que mata o povo”, diz.

Em um salão em Ipanema, a conversa dura poucos minutos na frente das clientes. “O produto está aqui dentro. Só que o produto que está aqui dentro não é o que está na embalagem”, revela um cabeleireiro.

Mas por que não vem na embalagem dele? “Porque esse é o produto que um químico faz. Isso normalmente se compra em fábrica. Eles são muito fracos. São muito fracos”, alega o cabeleireiro.

Nós trouxemos todos os produtos para serem analisados no instituto de química da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A metodologia usada é a mesma recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para esse tipo de produto. A implantação do método e os testes levaram quatro meses, e os resultados são assustadores.

Vamos ver o resultado de um produto comprado pela produtora do Fantástico no próprio salão de beleza em Ipanema, na Zona Sul do Rio. O resultado: 6,66%, mais de 30 vezes o valor permitido. Voltamos ao salão.

“A gente não trabalha mais. Todos os nossos produtos não têm nada de formol”, garantiu o cabeleireiro. “Mas você fazia até pouco tempo atrás”, pergunta a repórter. “Todo o Rio de Janeiro fazia”, responde o cabeleireiro. O Fantástico insiste. “Não vou falar mais nada. Já falei tudo”, diz o cabeleireiro.

O resultado do teste do alisante comprado no salão de Madureira. Pode matar, sim. O produto dela tem quase 18 vezes o permitido. “Eu não sabia. a gente compra de um fornecedor. Então, a gente não tem como ver se o negócio tem formol, se não tem formol”, alega a cabeleireira.

E o produto que deixou a Mariluz no hospital? Em Cuiabá, a equipe de reportagem do Fantástico pediu à cabeleireira que atendeu a comerciante uma amostra da mistura que foi usada. O resultado: 24 vezes o permitido.

“Isso aqui para mim também é uma surpresa, porque eu não tenho como analisar o produto. A gente usa o que é vendido”, justifica a cabeleireira Cristiane Maldonado.

Não é o que diz o que diz o Instituto Nacional de Câncer. “Todo cabeleireiro sabe que tem formol pelo cheiro”, afirma Ubirani Barros Otero, epidemiologista do Inca.

O Fantástico viu o resultado dos outros produtos comprados na feira de cosméticos e em uma área de comércio popular do Rio de Janeiro. Das 11 marcas testadas, 7 tinham mais formol do que o permitido – até 24 vezes mais.

Em nota, o fabricante da escova Onyx “nega que tenha usado formol acima do permitido” e admite que “pode ter ocorrido algum problema de manipulação”. O laboratório responsável pelas marcas Eagle e Alfa Trat diz que os produtos testados não são dele – “são falsificados” e que vai “levar o caso à polícia”.

O laboratório que aparece na embalagem de Algo Mais diz que "não fabrica mais" o produto e que o seu nome "está sendo usado indevidamente". O fabricante citado no rótulo de Liss Perfect não atendeu a reportagem.

Em um primeiro contato, o representante da Vitalise disse que enviaria uma nota, mas não o fez e não atendeu mais as ligações dos nossos produtores. O Fantástico não encontrou o responsável pela marca Bottox. O CNPJ e o endereço informados no rótulo são incorretos.

Mas todos esses produtos com formol fora da lei trazem no rótulo uma autorização de funcionamento da Anvisa. Como pode isso?

“A lei diz que o estado e o município têm que fiscalizar. Quem está errando é o bandido, que está fazendo um produto em desacordo com a legislação sanitária, utilizando ingrediente proibido. O que eu tenho que fazer? Chamar a polícia para prender esse bandido”, afirma Josineire Sallum, gerente-geral de cosméticos da Anvisa.

A Anvisa também culpa as consumidoras. “Responsáveis por ainda ter o formol no mercado são as mulheres, que se utilizam desse procedimento e não deixam de utilizar”, acrescenta a gerente-geral de cosméticos da Anvisa.

Os resultados assustaram o médico Anthony Wong, especialista da Universidade de São Paulo (USP) em substâncias tóxicas. “É ilegal e extremamente perigoso. A pessoa que utilizá-lo profissionalmente ou está aplicando em uma pessoa que precisa fazer isso está causando sérios danos à saúde”, alerta.

Em concentração tóxica, o formol atinge o organismo de várias maneiras. Em contato com o couro cabeludo, ele provoca uma espécie de queimadura química. A pele fica irritada e, em resposta, o corpo aumenta a circulação de sangue naquela região.

O formol, também conhecido como formaldeído, penetra pela área ferida e cai diretamente na corrente sanguínea, se espalhando pelo corpo. Durante a aplicação nos cabelos, ele evapora e pode ser inalado por todos que estão no ambiente. A substância provoca irritação do nariz e da garganta. Em casos extremos, a pessoa pode ter uma laringite aguda e ficar sufocada.

Ao descer pelo organismo, causa ainda o fechamento da traqueia e dos brônquios, também dificultando a passagem de ar.

Em casos extremos, o formol pode levar ao colapso da circulação. Isso acontece quando há uma dilatação geral do organismo. O coração é afetado e há uma queda de pressão. A pessoa pode entrar em choque e morrer.

Uma cabeleireira trabalha na área há 15 anos. Diz que faz até dez escovas progressivas por dia e sente os efeitos no próprio corpo. “Saí de licença médica por causa do uso do formol umas quatro vezes”, contou.

Segundo ela, muitos produtos são manipulados no próprio salão de beleza. “O formol é colocado junto com outros, com creme, acrescenta mais algumas coisas de queratina, ampolas que não tenha cheiro, essas coisas todas”, diz a cabeleireira.

Isso é considerado crime hediondo, mas a procura pela escova gerou um mercado clandestino de venda de formol. Na internet, várias páginas oferecem a substância pura para ser usada em alisamentos.

“Às vezes alguns profissionais fazem o que a gente chama de batizar o produto. Eles pegam o creme hidratante de uma empresa tida como séria, adicionam o formol e aplicam nos cabelos”, comenta o cabeleireiro Alexandre Xavier.

Com uma troca de emails e um telefonema, o Fantástico negociou a compra de cinco litros. “E eu teria o material pronto para ser retirado quando?”, pergunta a repórter. “Imediatamente. É só estar ligando e confirmando o horário”, diz a negociadora.

Fomos a Belo Horizonte buscar a encomenda. “É proibido vender em farmácia. Antes era encontrado fácil. Aí como as pessoas estavam abusando em cabelo, eles proibiram a venda em farmácia. Eu trabalho com produto químico para limpeza, e o formol é usado para fazer o detergente. Aí é fácil. O pessoal está procurando demais. Tem muito cliente em salão. Vendo formol demais para progressiva”, revela a mulher. Depois da venda, ela ainda dá um aviso: “Só assim: se vocês forem abrir, tem que abrir em local aberto, porque o cheiro é muito forte”.

No Hospital Municipal Salgado Filho, na Zona Norte do Rio, a negociação com um maqueiro acontece do lado de fora. “O cara que está lá disse o seguinte: que ele arruma até um lá, mas depois ele não vai poder arrumar mais para a senhora. Ele vai quebrar seu galho, mas ele falou que vai querer R$ 70. Um litro. A senhora fica ali no poste que eu vou lá buscar. A senhora tem salão mesmo?”, pergunta o maqueiro. Minutos depois, outro maqueiro volta com a garrafa de formol.

Em uma funerária em Nilópolis, Baixada Fluminense, que usa o formol na preparação de cadáveres, o Fantástico comprou dois litros. “Esse daí algum salão já comprou e deu certo?”, pergunta a repórter. “Olha, eu já vendi. Inclusive eu já arrumei um desses para minha vizinha, que é cabeleireira. Ela já usou e ela nunca falou nada. Inclusive usou no cabelo da minha mulher”, diz o funcionário da funerária, que mostra uma foto. “Aqui o cabelo dela como ficou, da minha esposa, lisinho”, destaca.

Já na saída, o funcionário da funerária reconhece a ilegalidade do que acabou de fazer. “Deixa eu falar uma coisa para a senhora: isso aí fecha as nossas portas. Isso fecha as portas”, reconhece.

É o formol puro que vai parar na cabeça de mulheres como a bacharel Vanessa Magalhães da Silva. Ela começou a fazer a escova aos 17 anos e reaplicava o produto a cada três meses. “Sempre tive consciência de que poderia causar algum mal, mas continuei fazendo porque era bom, o cabelo ficava bom. Eu sabia, já sabia de tudo que podia causar, mas naquela altura do campeonato eu queria o cabelo liso. Então, se para ficar liso tinha que por o formol puro, que colocasse o formol puro”, afirma.

Em uma das aplicações, o desconforto foi grande demais. “A última vez, que foi quando eu me assustei de verdade, foi porque eu estava de máscara, com uma toalha, e ainda assim eu tive dificuldade de respirar. Então, eu tive que mandar parar de fazer para que eu pudesse respirar, tomar ar, ir para fora etc. Eu não conseguia respirar mesmo, me trancou inteira. Daí eu me assustei. Foi a última vez que eu fiz, nunca mais fiz”, conta Vanessa.

A bacharel parou com a escova progressiva há cinco anos, mas ainda convive com uma ferida no couro cabeludo. “No começo, ela chegava a sangrar, coçava muito, estava sempre vermelha. Foi melhorando. Eu tenho dificuldade com ela no verão, porque acho que sua mais na região. Como é na nuca, ela abre, coça e às vezes sangra”, revela.

A comerciante Mariluz de Souza, de Cuiabá, não teve sequelas. “Fiquei traumatizada com escova inteligente, progressiva, não sei que nome dar. Mas com formol nunca. Logo em seguida que você passa por uma situação de você quase ter morrido, o primeiro sentimento que vem é que graças a Deus que eu estou viva. Aquele sentimento de ‘Vou processar, vou fazer isso’ não vem na minha cabeça. Na minha cabeça, eu só estava agradecendo a Deus o tempo todo de eu estar viva”, comemora a comerciante. 

Polêmica

“Coca Zero dá câncer”. Vez ou outra você recebe um spam com esse título. Há alguns anos, circula pela internet o boato de que o refrigerante teria sido proibido nos EUA e que apenas países "subdesenvolvidos", como o Brasil, continuariam a vender esse "veneno negro". Alguns desses textos são assinados por supostos médicos e são recheados de links. Você até pode deletar o e-mail, mas fica com uma pulga atrás da orelha: será que faz mal?
Se existe uma resposta simples para a questão, ela pode ser resumida da seguinte forma: não existe estudo que comprove a relação entre refrigerantes light, diet ou zero e a incidência de câncer em humanos. O que não significa que a bebida possa ser consumida como água.
O grande “vilão” associado à Coca Zero é o ciclamato de sódio, adoçante que foi proibido pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de alimentos e remédios nos EUA), mas é aprovado no Brasil e em vários outros países. Mais de 50, segundo a Coca-Cola, que dispõe em seu site uma área só para esclarecer “boatos e mitos” sobre seus produtos ( veja em http://www.cocacolabrasil.com.br/boatos_mitos.asp?inicio=1).
A Coca Zero vendida nos EUA (sim, ela não foi banida por lá) possui outros tipos de adoçantes em sua fórmula (como é possível consultar, em inglês, no endereço http://www.virtualvender.coca-cola.com/ft/index.jsp).
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já recebeu tantos questionamentos que também decidiu divulgar, em 2009, um informe técnico (http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/40_020609.htm) sobre o assunto. O texto explica como e quando começou toda a polêmica: em meados de 1970, quando um estudo demonstrou que a ingestão crônica de ciclamato aumentava a incidência de tumores de bexiga em ratos, levando o FDA a proibir a substância.
Outras pesquisas não comprovaram o risco, mas os EUA até hoje mantêm a proibição (para os críticos, isso é reflexo do “lobby do aspartame”). Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer dos EUA, por exemplo, avaliou por 17 anos a ingestão por macacos de quantidades diárias (cinco vezes por semana) de ciclamato equivalentes às de 30 latas de refrigerante dietético. Nenhum dos animais contraiu câncer de bexiga, esclarece a Anvisa.
Em 1999, o ciclamato foi classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc) como pertencente ao Grupo 3, isto é, não carcinogênico para humanos. Segundo a Iarc, “há evidência inadequada em animais de laboratório e em humanos para a carcinogenicidade de ciclamatos”.
Limites
O informe da Anvisa, no entanto, dedica muitas linhas aos valores de IDA (Ingestão Diária Aceitável). Descreve (para desespero dos hipocondríacos) que o ciclamato de sódio é transformado, no intestino, em cicloexilamina, derivado que pode apresentar efeitos adversos à saúde. A taxa de conversão varia de pessoa para pessoa e depende, entre outros fatores, da flora intestinal. Mais um motivo para que ninguém exceda os limites que, segundo os testes, são considerados seguros.
A última avaliação feita internacionalmente para o ciclamato estabeleceu a IDA em 11 mg/kg. Isso significa que um adulto de 70 kg pode consumir até 770 mg do adoçante por dia, o que equivale a 3 litros ou 8 latas.
Como ressalta Deise Baptista, professora do departamento de nutrição da Universidade Federal do Paraná, é difícil consumir tanto refrigerante. O problema é que o produto nem sempre é a única fonte de ciclamato da alimentação. Uma pessoa pode só tomar a bebida no almoço e no jantar, mas acaba excedendo o limite porque toma vários cafés com adoçante durante o dia e ainda consome algumas gelatinas diet.

A especialista, que também é chefe do departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), enfatiza que não há comprovação de que os adoçantes existentes no mercado causem câncer. Até porque é muito difícil analisar o consumo isolado na população que tem a doença. "As pessoas são expostas a radição, consomem corantes, cada uma tem uma condição...", explica.
Por tudo isso, o conselho para quem precisa consumir alimentos adoçados artificialmente é apostar na moderação. “A gente também recomenda alternar o tipo de adoçante, para evitar o efeito acumulativo”, acrescenta a professora.

Baptista lembra que muitos produtos diet, light ou zero, como os refrigerantes, contêm mais de um tipo de adoçante, estratégia adotada para se obter um sabor mais agradável. Cada 100 ml da Coca Zero brasileira, por exemplo, tem 27 mg de ciclamato de sódio, 15 mg de acesulfame de potássio e 12 mg de aspartame. Já a Coca Light Plus contém aspartame (24 mg) e acesulfame de potássio (13 mg).

Cada um dos adoçantes acima possui um índice de IDA (veja tabela aqui). E mesmo aqueles considerados mais seguros pelos especialistas, como a stévia e a sucralose, possuem limites que devem ser respeitados.

A professora ainda faz outro alerta: tanto o ciclamato quanto a sacarina contêm sódio e, portanto, devem ser consumidos por cuidado por quem sofre de pressão alta.
Aspartame

Na opinião do endocrinologista especializado em nutrologia Mohamad Barakat, o ciclamato ainda é melhor que o aspartame, substância que em estudos com animais também já foi associada a câncer e a doenças do sistema nervoso (você já deve ter recebido um spam sobre isso também). “Em altas temperaturas, o aspartame gera formaldeído, componente que prejudica a mielina, espécie de capa que protege os neurônios”, justifica o médico.
O limite de ingestão do aspartame, considerado seguro pelas autoridades, é de 40 mg/kg. Isso significa que uma pessoa com 60 kg pode consumir até 2.400 mg por dia, o que equivale, aproximadamente, a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com essa substância. É bastante. Por isso, ao contrário de Barakat, Baptista garante que não há motivo para temer o aspartame. Contanto, é claro, que os limites sejam respeitados.
 

Obesidade

Um hormônio produzido em resposta à prática de exercícios pode transformar a gordura comum do corpo em gordura marrom, boa para a saúde, reduzindo o risco de doenças como obesidade e diabetes. A conclusão é de um estudo publicado nesta quarta-feira (11) naNature e abre perspectiva para a criação de um medicamento capaz de reproduzir os efeitos da atividade física para o corpo.
Ao contrário da gordura comum (também chamada de 'branca'), a gordura marrom é metabolicamente ativa, ou seja, leva à queima de calorias. Até pouco tempo, achava-se que ela existia apenas nos bebês, mas estudos revelaram que adultos também podem fabricar esse tipo de gordura "desejável".
A pesquisa, conduzida por pesquisadores do Instituto de Câncer Dana-Farber e da Faculdade de Medicina de Harvard, ajuda a entender como os exercícios afetam o organismo em nível celular.
O estudo analisou uma substância chamada PGC1-alpha, produzida em abundância pelos músculos durante e após os exercícios.
“Parece claro que o PGC1a é responsável por muitos dos benefícios atribuídos aos exercícios”, afirma Bruce Spiegelman, professor das duas instituições e autor do estudo.
Segundo ele, ratos que foram induzidos a produzir grandes quantidades da substância nos músculos mostraram-se resistentes à obesidade e ao diabetes, assim como muitas pessoas que praticam exercícios com regularidade.
Os pesquisadores descobriram que a substância estimula a expressão de uma proteína chamada Fndc5, que há muito tempo chama atenção dos biólogos.
Mensageiro
Os cientistas da Harvard notaram que uma das coisas que a proteína faz é se quebrar em duas partes, sendo que uma delas é um hormônio que até então era desconhecido. Ele foi batizado de “irisina”, em homenagem a Íris, a deusa mensageira da mitologia grega.
Diferentemente da maioria das substâncias que nascem dos músculos, a irisina entra na corrente sanguínea e segue em direção às células de gordura onde, a partir de sinais bioquímicos, começa a transformar a gordura comum (também chamada de branca) em marrom.
Os pesquisadores acreditam que a irisina, ou seja, a quantidade de exercícios que uma pessoa faz, é que determina a quantidade de gordura marrom no organismo.
Os cientistas injetaram a irisina nas células de gordura branca dos ratos e perceberam que elas começaram a se transformar em gordura marrom. Os ratos também passaram a queimar mais energia depois do procedimento.
Em experimentos adicionais com ratos engordados em laboratórios, injeções da proteína Fndc5 aumentaram a tolerância dos animais à glicose, ou seja, eles ficaram protegidos do diabetes, apesar do risco aumentado pela dieta rica em gordura.
Células humanas
Testes posteriores com células musculares de seres humanos apontaram uma quantidade maior de irisina após a execução de um programa de corrida que durou várias semanas. Curiosamente, o hormônio detectado era igual ao descoberto nos ratos.
Apesar de todos os benefícios, os ratos que receberam irisina perderam poucos quilos. Spiegelman explica que o hormônio evita o ganho de peso – mesmo diante de uma dieta rica em gordura  – e mantém os níveis de açúcar estáveis. Ou seja, ele aparentemente ajuda a manter a pessoa saudável, mas não ajuda a emagrecer.
No futuro, o pesquisador espera testar as injeções de irisina em pessoas que, devido a deficiências ou problemas de saúde, não podem praticar atividade física. Ele também quer descobrir qual a quantidade e o tipo de exercício capazes de levar ao aumento da substância em pessoas saudáveis.
(com The New York Times)

Remédios para emagrecer- Cuidado!

Os brasileiros são os latino-americanos que mais recorrem a remédios para emagrecer na América Latina, mostra um estudo da empresa especializada em pesquisa de consumo Nielsen Holding. O estudo, que abrange a América Latina, mostra que 12% dos brasileiros usam emagrecedores.
A média de consumo, na região, é de 8%. Na Venezuela e no Peru, apenas 4% recorrem a esse tipo de medicamento.
Os brasileiros também são os mais insatisfeitos com a silhueta. Cerca de 43% se consideram "um pouco acima do peso" e 16% "acima do peso". Apenas 30% se mostram satisfeitos. A insatisfação dos brasileiros está acima da média mundial. De acordo com o estudo, 35% se consideram "um pouco acima do peso".
Os chilenos também se destacam como os que se consideram "muito acima do peso" - 8%. Entre os brasileiros, 3% se enquadram nesses perfil.
Os colombianos, por outro lado, são os mais contentes com a aparência - 44% consideram o seu peso satisfatório e 38% dizem estar um "pouco acima do peso". A média de satisfação na América Latina é de 37%.

Regime e exercícios

O estudo mostra ainda que 50% dos brasileiros tentam, atualmente, perder peso de alguma forma. Desses, 76% apelam para a mudança na dieta e 64% dizem estar fazendo exercícios.
Os mexicanos são os que mais buscam estar em forma - 60% tentam perder peso. Desses, 66% fazem exercícios físicos, os recordistas no quesito na região. Os que menos se exercitam são os peruanos - apenas 49%, entre os que que buscam perder peso.
O estudo mostra também que 52% dos latino-americanos não entendem "nada" ou "apenas parte" das informações nutricionais contidas nas embalagens dos alimentos.
Os latino-americanos (64%) são os que mais defendem a inclusão de informações calóricas nas embalagens, contra 53% dos europeus e apenas 28% dos africanos e árabes.
A pesquisa da Nielsen Holding ouviu 25 mil pessoas, por meio da internet.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bumbum dos sonhos

Você já fez de tudo e ainda não conquistou um bumbum poderoso, redondo, durinho e empinado?

Saiba que, nesse caso, o implante de silicone é uma ótima opção.
 A utilização da prótese vale tanto para corrigir defeitos genéticos quanto para reverter alterações de forma, volume e textura, decorrentes da idade, das variações de peso ou alterações hormonais. "Mas as pessoas jovens, a partir dos 16 anos, que tenham as nádegas pouco desenvolvidas, chatas e sem projeção, também podem se beneficiar com a prótese glútea", diz o cirurgião plástico Raul Gonzalez.

A intervenção dura em média uma hora. No dia seguinte, é possível caminhar, sentar, realizar viagens de carro ou avião e tomar ducha.

"Pode existir dor de média à forte intensidade. No entanto, ela é facilmente amenizada com analgésicos apropriados", afirma o médico.

Para conquistar um bumbum de arrasar, você tem de passar por uma operação que exige internação de dois dias e anestesia peridural. "Além das 48 horas no hospital, é realizado um corte localizado entre as duas nádegas na posição vertical. O tamanho da cicatriz é mais ou menos seis centímetros e fica escondida quando a pessoa está de pé", explica Gonzalez.

A apresentadora Ana Maria Braga fez a cirurgia e gostou do resultado. "Após um emagrecimento, os meus glúteos ficaram flácidos. Aos 56 anos, resolvi o problema realçando o bumbum com próteses de silicone. Não tive nenhum problema e adorei o resultado. A cicatriz é praticamente invisível. A única coisa que eu não gostei foi do pós-operatório. É desconfortável", conta a apresentadora.

Segundo o médico, o curativo é feito com uma fita de microporo e colocada de um lado a outro das nádegas. "A paciente deve usar uma cinta cobrindo toda a região por duas semanas. Não há contra-indicação. Salvo graves casos, como deficiências musculares na região. O risco é muito pequeno. Mas se comparada a qualquer cirurgia de porte médio, pode ocorrer infecção, extrusão de pontos internos e má cicatrização", afirma Gonzalez.

Depois da cirurgia

Como em qualquer intervenção cirúrgica, você precisa tomar alguns cuidados básicos no pós-operatório:

Primeira semana: Repouso relativo. Não é necessário ficar no leito. Você pode caminhar e sentar, apesar do pequeno desconforto.

Segunda semana: Depois de aproximadamente dez dias, a maior parte dos pacientes consegue voltar ao trabalho, desde que não exija grande esforço físico.

Após 2 meses: As atividades físicas são permitidas apenas depois de 60 dias. Isso vale para qualquer tipo, incluindo esqui, cavalgada e esportes radicais.

Lipoaspiração

Muito se fala a respeito da lipoaspiração. Com certeza você já parou para pensar, pelo menos uma vez na vida, no quanto você iria ficar melhor com um lipo aqui ou ali.
 Certo?

Se você é um daqueles casos em que essa idéia se amadureceu e passou para o status de planos reais, passíveis de acontecerem, então saiba que alguns cuidados são extremamente necessários para que você não corra riscos na mesa de operação. Primeiro argumento. Lipoaspiração é um procedimento cirúrgico. É uma intervenção que visa retirar gordura com objetivo estético. É uma cirurgia, sim. E como tal, deve ter cuidados e atenções. Deve ser feita em um centro cirúrgico, com anestesia geral e - principalmente - deve ser comandada e executada por um médico cirurgião plástico devidamente formado,  especializado e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, SBCP. Encontrando novas formas de arranjo e movimento para o corpo. Em resumo, trata-se de uma busca pelo autoconhecimento e percepção corporal da pessoa".

Esses cuidados fazem toda a diferença. A grande maioria das complicações ocorridas acontece por que um desses itens foi desprezado. "O comportamento do paciente no pré-operatório também é parte fundamental para o sucesso da cirurgia", afirma o cirurgião plástico, Marcelo Vaccari. "Pelo menos 40 dias antes da cirurgia, não fazer uso excessivo de álcool ou drogas - inclusive o tabaco, alimentação adequada e estar com a saúde em dia, ou seja, não apresentar casos de anemia e infecções. Nos casos de diabéticos e hipertensos, é necessário que estes quadros estejam controlados."

Outro ponto que deve-se ter sempre em mente, se você se decidiu a fazer uma lipoaspiração, é que a cirurgia não vai emagrecer. ua meta é perder peso? Clique aqui e veja como fazer isso sem sofrimento. Alipoaspiração, a princípio, tende a melhorar a forma e eliminar certas gorduras localizadas que são difíceis de serem corrigidas apenas com exercício físico e dieta. Nunca para perder peso. Alipoaspiração é indicada quando a pessoa está próxima de seu peso ideal. Grandes volumes de gordura extraídos podem ser nocivos, o que aumenta - e muito - o perigo.

Vaccari adverte que para ter um corpo perfeito é necessário uma comunhão de esforços. "Alipoaspiração não dá o resultado sozinha. O paciente deve fazer um programa, mesmo que leve, de condicionamento físico antes e depois da operação, para trabalhar a musculatura. O cirurgião vai trabalhar na camada adiposa, a gordura. É necessário procurar um dermatologista para cuidar da qualidade da pele. É a somatória de cuidados que trará o resultado esperado".

Ácido hialurônico

er a boca da atriz de hollywood Angelina Jolie é o sonho de muitas mulheres brasileiras. Para aquelas que não estão satisfeitas com o volume, contornos labiais ou quando as ruguinhas em volta dos lábios já estão em evidência, vale a pena investir num preenchimento labial com ácido hialurônico, substância que proporciona um resultado bastante natural.

Segundo a dermatologista Dra. Carla Albuquerque, o procedimento é indicado para quem tem lábios finos ou desproporcionais (lábio superior bem mais fino que o inferior), perda do contorno ou do volume labial (causadas pelo processo de envelhecimento) e, ainda, linhas formadas em volta dos lábios."Primeiramente, é realizado um exame detalhado dos lábios, seus contornos e proporções. Depois, é imprescindível identificar a expectativa do paciente com relação ao procedimento", salienta a médica, que é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

O preenchimento é realizado com ácido hialurônico de viscosidade intermediária, que confere resultado natural e dura de seis meses a um ano. O ácido hialurônico, além de preencher os lábios e as linhas para quem já apresenta algumas ruguinhas, também vai atrair moléculas de água e induzir a formação do próprio colágeno da paciente, o que melhora a hidratação e a sustentação da pele. No entanto, a dermatologista não indica preenchimento de lábios com substâncias definitivas, já que podem ocorrer efeitos colaterais como granulomas (bolinhas endurecidas persistentes nos lábios), além do resultado pouco natural.

O procedimento é realizado da seguinte forma: após o bloqueio anestésico feito com "injeção de dentista" para que o paciente não sinta dor , é realizado o preenchimento de acordo com a necessidade de cada caso: por baixo das rugas em volta dos lábios ("códigos de barra"), no contorno dos lábios, na parte vermelha (superior e inferior) e até por dentro da boca para projetar o lábio superior para a frente. A quantidade e a forma de aplicar sempre são individualizadas, podendo variar bastante de pessoa para pessoa. Após a aplicação do ácido hialurônico não é necessário cuidados específicos, mas vale ressaltar que os lábios podem ficar inchados por até uma semana após o procedimento.

Toxina Botulinica

O tratamento com Botox ganha cada vez mais adeptos, tanto entre o sexo masculino, quanto feminino, devido aos fantasticos resultados sobre as rugas de expressão facial , que podem desaparecer em uma unica sessão de Botox. O tratamento com Botox consiste em injeções de pequenas quantidades da toxina botulinica em varias areas da face. A testa e região glabelar ( entre os olhos) são geralmente as mais requisitadas para aplicação do produto. Seu médico ira determinar os locais exatos de aplicação do Botox, ao examinar sua capacidade de movimento da musculatura facial. A beleza do tratamento com Botox reside justamente em sua simplicidade e eficacia. Em um tratamento nao cirurgico, em ambiente ambulatorial de aproximadamente 10 minutos, é possivel se livrar das rugas de expressão que possam estar te incomodadando por anos. A recuperação do Botox é imediata, de modo que voce pode realizar a aplicação de Botox até mesmo em seu horario de almoço. Os resultados da aplicação de Botox duram até 4 meses em media, que corresponde ao periodo que a toxina botulinica ira atuar paralisando a musculatura desejada. Pacientes que fazem uso de Botox regularmente, observam que necessitam cada vez menos injeções de Botox e durante um intervalo mais espacado, para obterem o resultado desejado, devido ao enfraquecimento dos musculos proporcionado pelas aplicaçoes regulares de Botox.
Outra aplicação interessante e bastante requisitada do Botox refere-se a capacidade de produzir um lifting de sombrancelhas, quando aplicado em locais especificos, e o melhor, sem necessidade de qualquer corte ou cirurgia. O lifting de sombrancelhas produz um resultado estetico bastante agradavel em mulheres, sendo requisitado tanto por mulheres jovens quanto aquelas de idade mais avançada.

Toxina Botulínica

 aplicação de Botox é um dos procedimentos não cirurgicos mais requisitados nos consultorios de medicina estetica e cirurgia plastica. Cada vez mais , homens e mulheres se submetem as injeções de Botox, visando acabar com aquelas incomodas rugas de expressão.
Como age o Botox ( Toxina Botulinica Tipo A ) ?
Um dia voce se olha no espelho e percebe o aparecimento de rugas de expressão na testa e ao redor dos olhos ( pes de galinha ), dando um aspecto de face cansada e envelhecida, que não combinam com seu espirito jovial. Então voce se pergunta, de onde vieram essas rugas de expressão? Sempre que nos expressamos, rimos ou choramos, os músculos da face se contraem. Com o passar do tempo, a atividade de frequente contração destes músculos resulta no desenvolvimento de linhas de expressão profundas, tais como as linhas da testa, os “pés-de-galinha”, os vincos entre as sobrancelhas,.. Depois de anos de contração da musculatura facial, essas linhas de expressão começam a se unir e ficar mais pronunciadas. Nas mulheres, que tipicamente possuem pele mais delicada, essas linhas de expressão podem se tornar mais exageradas e permanentes.
Felizmente, existe um tratamento estetico criado para reduzir justamente essas incomodas rugas de expressão. Essa cura magica para rugas de expressão atende pelo nome de Botox , nome comercial da toxina botulinica tipo A. O tratamento com Botox consiste em injeções da toxina botulinica, nessas areas problematicas como glabela, ao redor dos olhos e boca, onde os musculos facias possuem maior força de contração. O Botox ( toxina botulinica ) é aplicado diretamente no músculo responsável pela formação da linha ou ruga de expressão, causando seu relaxamento temporário e conferindo ao rosto uma aparência mais calma, rejuvenescida e agradável.

Prótese de mama

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou hoje (13) a abertura de processos administrativos para definir as penalidades às empresas importadoras das próteses da francesa PIP e da holandesa Rofil.

Com sede no Paraná, a importadora EMI comprou mais de 34 mil unidades da PIP, das quais 24,5 mil foram vendidas. O restante, equivalente a 10.680 unidades, foi apreendido pela Vigilância Sanitária paranaense e agora estão sob análise laboratorial da Anvisa.

No caso da marca Rofil, a Pharmedic Pharmaceutical, em São Paulo, informou ter vendido 193 próteses de seio, importadas em 2009. A empresa era a única com licença para importar os implantes Rofil até 2014. A Anvisa cancelou a autorização no último dia 10. Novas importações não foram feitas, pois a empresa desistiu de vender o implante holandês por ter ficado caro, segundo o gerente comercial da importadora, Adriano de Paiva. Outras empresas comercializaram anteriormente a prótese da Rofil, mas os registros já tinham expirado antes do surgimento das denúncias.

Se ao final do processo, a Anvisa constatar irregularidades, as empresas podem sofrer penalidades que variam de multa, que pode chegar a R$ 1,5 milhão para infração gravíssima, ou até cancelamento do alvará de funcionamento do estabelecimento, previstas na Lei 6.437, de 1977. A Anvisa não forneceu detalhes do processo, que corre em sigilo.

Já a Advocacia Geral da União (AGU) avalia se cabe uma ação judicial contra as fabricantes ou outros responsáveis. De acordo com o órgão, os técnicos analisam o caso sem prazo para resposta.

A PIP é acusada de ter usado silicone industrial nos produtos. De acordo com autoridades sanitárias da França, o risco de ruptura é maior em relação a outras próteses. O vazamento do gel provoca problemas de saúde, como a inflamação da mama. A Rofil usou matéria-prima da PIP.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou hoje que o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde vão cobrir a troca das próteses rompidas das marcas, tanto para as pacientes que colocaram por causa de uma reconstituição ou por questão estética. As mulheres serão chamadas para uma avaliação médica e passar por exames para saber se a prótese está com defeito. Os procedimentos serão definidos pelas autoridades de saúde na próxima semana.

Estima-se que 12,5 mil mulheres usam próteses da PIP e 7 mil da marca Rofil.

Próteses de mama

As mulheres com implantes de silicone nos seios das marcas holandesa Rofil e da francesa Poly Implant Prothese (PIP) podem recorrer judicialmente para obter os reparos financeiros dos danos.
A consultora jurídica do Procon do Rio de Janeiro, Camile Linhares, aconselha o paciente a acionar todos os envolvidos no implante, como a fabricante, a importadora, o hospital ou clínica, o médico e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Código de Defesa do Consumidor consta que a responsabilidade pela infração é solidária, no caso, dividida pelos que prestaram o serviço.
Segundo Linhares, as mulheres que tenham próteses das duas marcas sem sinais de ruptura também podem entrar na Justiça. "No nosso entendimento, mesmo aquelas que não tiveram problema e estão inseguras podem ingressar com a ação". A consultora ressalta ainda que o pedido de reparação independe do motivo da cirurgia inicial, seja indicação médica ou finalidade estética.
A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Joana Cruz, reforça as afirmações da consultora, alertando ainda para a responsabilidade no plano de saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS) na cobertura da remoção e da troca da prótese rompida.
O ministério da Saúde, a Anvisa e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), porém, decretaram que o pagamento de cirurgia reparadora pela rede pública e operadoras deve ser feito apenas em caso de ruptura constatada.
A francesa PIP e a holandesa Rofil são acusadas de uso indevido do silicone industrial para próteses de mama. As autoridades da França aconselharam as mulheres do país a retirar os implantes como precaução.