quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Prótese de silicone

Agência do governo americano afirma que próteses de silicone não são para a vida toda

Complicações resultam na retirada dos implantes em 20% dos casos em até dez anos após a cirurgia


Prótese de silicone: relatório do FDA afirma que as próteses são seguras, mas que há chances de complicações em até 10 anos (Thinkstock)

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) avalia que as próteses de silicone são relativamente seguras. Porém, segundo o órgão, algumas complicações frequentes resultam na retirada do implante em 20% dos casos em até 10 anos após o procedimento.

O documento publicado pelo FDA é a primeira avaliação sobre a segurança dos implantes desde 2006. À época, a agência autorizou novamente o uso dos implantes de silicone, que tiveram uso proibido durante 14 anos – apenas os implantes salinos estavam autorizados.

A agência americana deve começar agora a revisar os rótulos de segurança dos implantes mamários de silicone, após a avaliação de diversos estudos de longo prazo. “O ponto chave é que os implantes de silicone não têm data de validade vitalícia. Quanto mais tempo você tiver o implante, maiores os riscos de complicações”, diz Jeff Shuren, diretor do Centro para Dispositivos e Saúde Radiológica do FDA.

De acordo com os estudos avaliados pelo órgão, mais de 70% de todas as mulheres que passaram por uma cirurgia de reconstrução mamária e mais de 40% daquelas que colocaram silicone precisam passar por um outro procedimento cirúrgico entre oito e 10 anos depois.

Segundo o FDA, entre as causas mais comuns de complicações estão o endurecimento na região do seio ao redor do implante, necessidade de cirurgias adicionais e ruptura ou esvaziamento da prótese. Há ainda problemas com enrugamento do implante, assimetria, cicatrizes, dor e infecção no local da incisão.

Estudos descobriram ainda uma pequena correlação entre os implantes e o linfoma anaplásico de grandes células, um tipo de câncer raro. Entre 1997 e 2010, foram registrados cerca de 60 casos desse tipo de câncer no mundo todo – no mesmo período foram feitos de 5 milhões a 10 milhões de implantes de silicone nas mamas.

"A maioria das mulheres tem altos níveis de satisfação com seu corpo e com o tamanho, formato e sensação dos seus implantes", diz o comunicado do FDA. Mas, de acordo com a agência, todas as mulheres que colocaram silicone devem ficar atentas a eventuais alterações nos seios pelo resto da vida, a fim de previnir complicações.

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Ronaldo Golcman

Doutor em cirurgia plástica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e chefe de equipe de urgência, na especialidade de cirurgia plástica, do Hospital Israelita Albert Einstein
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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica.

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